Tesouro Direto com juros semestrais paga até R$ 15 mil por semestre: vale a pena investir?

Tesouro Direto com juros semestrais paga até R$ 15 mil por semestre: vale a pena investir?

O Tesouro Direto voltou a atrair a atenção dos investidores com os juros mais altos dos últimos anos. Entre as opções, os títulos com pagamentos semestrais de rendimentos chamam a atenção por oferecer depósitos diretos na conta do investidor duas vezes ao ano, criando uma sensação de “renda extra” periódica.

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Em simulações recentes, um investimento de R$ 100 mil em Tesouro IPCA+ 2060 com juros semestrais poderia gerar pagamentos que começam em torno de R$ 2.000 e evoluem até R$ 15 mil a cada semestre, o que equivale a cerca de R$ 2.500 por mês em rendimento médio. Além disso, o investidor ainda recupera o valor principal aplicado no vencimento.

A armadilha do pagamento antecipado

Apesar do apelo de receber uma “renda passiva” semestral, essa modalidade pode reduzir o poder dos juros compostos. Isso acontece porque, ao receber os rendimentos antes do vencimento, o investidor deixa de reinvestir automaticamente esses valores, interrompendo o efeito bola de neve dos juros sobre juros.

Além disso, há incidência de Imposto de Renda sobre cada pagamento recebido, o que reduz o montante disponível para novas aplicações. No modelo tradicional — sem pagamentos semestrais — o IR é cobrado apenas no resgate final, permitindo que a rentabilidade se acumule integralmente ao longo dos anos.

Outro ponto relevante é a taxa de custódia da B3, que também incide proporcionalmente sobre os valores pagos semestralmente, gerando mais uma pequena perda de potencial de crescimento no longo prazo.

Quando faz sentido escolher o Tesouro com juros semestrais

Essa opção pode ser vantajosa para investidores aposentados ou pessoas que já atingiram um patamar de patrimônio elevado e desejam receber rendimentos periódicos como complemento de renda. Nesse caso, o objetivo não é mais acumular, mas usufruir dos ganhos.

Por outro lado, quem está em fase de acumulação de patrimônio deve priorizar títulos sem pagamentos antecipados — como o Tesouro IPCA+ sem juros semestrais ou o Tesouro Prefixado tradicional —, que permitem maximizar a rentabilidade total ao reinvestir automaticamente todos os rendimentos.

Comparativo de rentabilidade

Em uma simulação com R$ 30 mil investidos, o título com juros semestrais proporcionaria ganhos líquidos iniciais de cerca de R$ 823 por semestre. Já o mesmo valor aplicado em um título equivalente sem pagamentos antecipados acumularia mais de R$ 240 adicionais por semestre apenas pela diferença de reinvestimento e impostos diferidos.

Essa diferença se amplia ao longo dos anos, o que demonstra a força do juro composto quando o investidor mantém o dinheiro rendendo integralmente até o vencimento.

Renda imediata ou crescimento no longo prazo

O Tesouro Direto com juros semestrais é uma excelente ferramenta para quem busca renda periódica com segurança e previsibilidade. Contudo, para quem pretende acumular patrimônio e maximizar ganhos no longo prazo, as opções sem pagamentos semestrais continuam sendo as mais vantajosas.

A decisão depende do perfil e do objetivo financeiro do investidor: renda complementar imediata ou valorização total do capital ao longo dos anos.

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Fonte:InfoMoney

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